Poesia: Carta de Ano Bom (Casimiro Cunha)

Entre um ano que se vai 
E outro que se inicia, 
Há sempre nova esperança, 
Promessas de Novo Dia… 

Considera, meu amigo, Nesse pequeno intervalo, 
Todo o tempo que perdeste 
Sem saber aproveitá-lo. 

Se o ano que se passou 
Foi de amargura sombria, 
Nosso Pai Nunca está pobre 
Do pão de luz da alegria. 

Pensa que o céu não esquece 
A mais ínfima criatura, 
E espera resignado 
O teu quinhão de ventura. 

Considera, sobretudo 
Que precisas, doravante, 
Encher de luz todo o tempo 
Da bênção de cada instante. 

Sê na oficina do mundo 
O mais perfeito aprendiz, 
Pois somente no trabalho 
Teu ano será feliz. 

Não esperes recompensas 
Dos bens da vida terrestre, 
Mas, volve toda a esperança 
À paz do Divino Mestre. 

Nas lutas, nunca te esqueças 
Deste conceito profundo: 
O reino da luz de Cristo 
Não reside neste mundo. 

Não olhes faltas alheias, 
Não julgues o teu irmão, 
Vive apenas no trabalho 
De tua renovação. 

Quem se esforça de verdade 
Sabe a prática do bem, 
Conhece os próprios deveres 
Sem censurar a ninguém. 

Ano Novo!… 
Pede ao Céu Que te proteja o trabalho, 
Que te conceda na fé 
O mais sublime agasalho. 

Ano Bom!… 
Deus te abençoe 
No esforço que te conduz 
Das sombras tristes da Terra 
Para as bênçãos de Jesus.

Pelo Espírito Casimiro Cunha;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier;
Do livro: Cartas do Evangelho.




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