Telepatia e Mediunidade

Não discordamos quanto à possibilidade de os fenômenos telepáticos intervirem na prática mediúnica, mas isso não prova que os médiuns sejam unicamente transmissores de pensamentos dos frequentadores de sessões espíritas. 

A mediunidade exclusivamente inspirativa é, em verdade, efetuada pelo processo de comunicação telepática. E por isso, é necessário distinguir se são dois espíritos encarnados a se comunicarem entre si, pela transmissão do seu pensamento, ou se trata de espíritos desencarnados que projetam o seu pensamento sobre o médium.

Na telepatia processada exclusivamente entre os encarnados, uma vontade ativa transmite os seus pensamentos a outra vontade deliberadamente passiva, o que se constitui num processo de transmissão mental diretamente de encarnado para encarnado. 

Mas, no caso da comunicação mediúnica telepática, além de o médium deixar-se ‘inspirar’ por outro espírito desencarnado, ele também assenhoreia-se dos seus problemas venturosos ou aflitivos, assim como, às vezes, recepciona mensagem espiritual educativa que ultrapassa o seu entendimento ou concepção comum que tem da vida.

Na telepatia, um cérebro ativo envia ondas concêntricas que são captadas por outro cérebro receptor passivo, porque ambos se sintonizam à mesma faixa vibratória de transmissão mental. No entanto, a comunicação mediúnica efetua-se pelo ‘ajuste perispiritual’ entre o espírito do médium e o desencarnado, em que o primeiro recebe diretamente a mensagem que deve transferir para o mundo material. (Obra: Mediunismo, 13ª edição, pág. 196).

No caso de pura telepatia entre os encarnados, o fenômeno é subordinado exclusivamente aos acontecimentos do mundo físico, enquanto que, no intercâmbio telepático inspirativo com os espíritos desencarnados, os médiuns captam notícias inéditas do Além, fazem previsões acertadas e muitas vezes expõem assuntos que, além de transcender aos seus próprios conhecimentos, ainda ultrapassam a concepção habitual dos frequentadores das sessões espíritas.

Nas instituições espíritas em que os desencarnados de melhor graduação podem atuar com segurança e manifestar-se com êxito pelos seus intérpretes mediúnicos, o fenômeno decorre isento de qualquer interferência telepática por parte dos encarnados e mesmo das entidades do Além. 

Os médiuns bem assistidos são isolados e protegidos pelos seus guias contra qualquer influência exterior, por cujo motivo as suas comunicações guardam a fidelidade do pensamento enviado do ‘ lado de cá’. Assim como a mediunidade não invalida o fenômeno da telepatia, este também não pode invalidar aquela, pois, além de ambos se exercerem de modo bastante diferente, ainda ocorrem em planos bem diversos. (Obra: Mediunismo, 13ª edição, pág. 197/198).

Do livro: Mediunidade de A a Z (pág. 377 e 378)

Fonte:https://jornalespiritagarimpeirosdeluz.wordpress.com/2013/07/19/telepatia-e-mediunidade/



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